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terça-feira, 31 de julho de 2012

Aranha emite luz para atrair insetos


Desde 1954 se sabe que diversas espécies de aranhas são fluorescentes: elas emitem luz, mais ou menos como os vagalumes. A diferença é que os vagalumes usam energia química do própio corpo para brilhar, e as aranhas obtêm sua energia absorvendo radiação ultravioleta do sol. Em seguida, a radiação é reemitida pelo aracnídeo na forma de uma luz azul muito fraca, geralmente invisível aos olhos humanos. Tanto que, até agora, os cientistas viam o brilho azul como um acidente: algo que acontecia no corpo da aranha, sem ter nenhuma utilidade para ela. Mas dois pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp) acham que mataram a charada. “A fluorescência das aranhas é um mecanismo para enganar suas presas, os insetos que visitam flores”, diz o zoólogo João Vasconcelos, coordenador da pesquisa que levou à descoberta. As vítimas são algumas moscas que comem néctar, as borboletas e as vespas (as abelhas não se deixam iludir com facilidade).
Os olhos desses insetos estão entre os mais evoluídos nessa classe de animais. Eles captam três tipos de colorações básicas: ultravioleta, azul e amarelo. Assim, fascinados pela luz das aranhas fluorescentes, se aproximam delas sem perceber o perigo. A mais evoluída caçadora de insetos é a espécie Epicadus heterogaster, mais conhecida como aranha-caranguejo ou aranha-flor.

                                          
Essa espécie foi submetida a um banho de raios laser ultravioleta para aumentar a intensidade da luz azul emitida. Foi possível, então, fazer uma análise detalhada do fenômeno, explica Ramires. “A luz ficou tão forte que iluminou todo o laboratório”. Ramires e Vasconcelos passaram cinco anos tentando decifrar os segredos dessa aranha, que ocupa diversas regiões da América do Sul. Foi estudada na Serra do Japi, em Jundiaí, SP, na Mata de Santa Genebra, em Campinas, SP, e na Ilha do Cardoso, no litoral sul paulista. Dura em média dois anos e mede 2,5 centímetros de comprimento. Todo o seu comportamento mostra que sua luz é uma isca. Ela tem forma, cor e jeito de flor (seu corpo se move e imita o balanço causado pelo vento).
A aranha-flor foi descrita pela primeira vez em 1931. Pensava-se que existiam três espécies diferentes: uma branca, uma amarela e uma lilás. “Em 1991 descobrimos que não havia diferença. É a mesma aranha, que muda de coloração conforme a flor onde está caçando”, afirma Vasconcelos. O próximo erro foi achar que a aranha mudava de cor para enganar suas vítimas. A verdade é o oposto: ela faz isso para não se tornar vítima de seus próprios predadores, os pássaros. Confundida com as flores, a aranha engana os pássaros.

Fonte: Super

Espécies invasoras



Erro - Introduzir animais ou vegetais típicos de um lugar em outra região.

Quem - Colonizadores, criadores, agricultores e pessoas comuns.

Quando - Desde os tempos das grandes navegações.

Consequências - Sem predadores naturais, as espécies introduzidas muitas vezes viram pragas e ameaçam o equilíbrio ecológico em seu novo endereço. 

Um simples casal de passarinhos capturado num lugar e libertado em outro pode significar um grande problema ecológico. Segundo a engenheira florestal Silvia Renate Ziller, diretora-executiva do Instituto Horus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, espécies invasoras são hoje a segunda maior ameaça mundial à biodiversidade, atrás apenas da destruição provocada pelo homem.

Não existe uma estimativa global do número de espécies invasoras espalhadas pelo mundo, mas sabe-se que elas são milhares. Parte delas foi introduzida de forma intencional. E um dos casos considerados mais preocupantes é o do caranguejo-rei (Paralithodes camtschaticus).

As águas geladas da península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, são o hábitat natural desse verdadeiro monstro marinho. A espécie chega a pesar 12 quilos e pode medir 1,5 metro da ponta de uma pata à outra - mais de 30 vezes o tamanho de um siri. A carapaça vermelha e as enormes pinças o tornam um guerreiro quase invencível, encarado apenas por espécies como o halibute (um parente do linguado) e outros peixes grandalhões.

Exército vermelho 




Nos anos 60, cientistas soviéticos introduziram alguns caranguejos-rei no mar de Barents, perto da Noruega, para que servissem de alimento aos habitantes que colonizavam a região. Funcionou: os crustáceos se adaptaram ao novo endereço e viraram uma fonte de proteína e renda para os aldeões. Mas os cientistas soviéticos não imaginavam o problema ambiental que aquilo iria gerar no futuro.

Sem predadores na fase adulta, os caranguejos se espalharam sem controle. Nos anos 70, já tinham chegado à Dinamarca e à Alemanha. Hoje, estima-se que haja 20 milhões se acotovelando nos mares do norte. Vorazes, eles dizimam as ovas dos peixes (principalmente bacalhau), consomem as algas e aniquilam populações inteiras de moluscos, estrelas-do-mar e ouriços. De quebra, ainda destroçam as redes dos pescadores.

A Noruega ficou décadas sem tomar providências. Primeiro, porque a carne desses crustáceos passou a ser muito apreciada em toda a Escandinávia. Depois, porque os bichões se tornaram um bom produto de exportação. O problema é que eles viraram uma praga que as autoridades simplesmente não sabem como deter. Ambientalistas temem que esse "exército vermelho" continue sua marcha rumo às águas mais quentes dos mares do sul, pondo em risco também a vida marinha do Mediterrâneo

                                                            Extinção em massa

De acordo com o secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), firmada por 175 países durante a Eco-92, no Rio de Janeiro, espécies invasoras contribuíram para a extinção de 39% dos animais que desapareceram por causas conhecidas desde o século 17. No Brasil, há cerca de 350 espécies alienígenas atualmente. Em Galápagos, mais de mil. Considerando-se que até 20% delas são consideradas pragas pela comunidade científica, dá para ter uma ideia do problema que elas representam.

Estranhos no ninho Conheça outras 4 espécies invasoras que tiram o sono ambientalistas e agricultores do Brasil até a Austrália  
                                                                             Tojo 



O que é: um arbusto de flores amarelas e coberto de espinhos.
Invasão: nativa da Europa, essa espécie vegetal foi trazida ao Brasil pelos colonizadores portugueses para ser usada como cerca viva. Sua disseminação acabou saindo de controle.
Estrago: o tojo deixa o solo ácido, o que inibe o crescimento das espécies nativas e inutiliza a área para agricultura e pastoreio. Por ser muito denso e seco, ele aumenta o risco de incêndios. Ironicamente, o fogo estimula a germinação de suas sementes. Muitos tocam fogo no tojo tentando destruí-lo, o que só agrava o problema.

                                                                 Caramujo africano 
 

O que é: trata-se de um caracol gigante que chega a pesar 500 g.

Invasão: nos anos 80, foi introduzido no Brasil como alternativa ao escargot. Sua criação não deu o retorno esperado. E os criadores libertaram os animais que mantinham em cativeiro.

Estragos: o caramujo africano ataca plantações (o que ameaça a subsistência de pequenos agricultores) e restringe a oferta de alimento para várias espécies animais nativas. Além disso, sua proliferação descontrolada representa um sério risco à saúde pública, pois ele é vetor de doenças graves como a meningite.

                                                                   Peixe-leão 

O que é: uma espécie voraz e resistente nativa do Indo-Pacífico.

Invasão: pode ter chegado ao Atlântico pegando carona do tanque de lastro dos navios. Outra hipótese é a de que alguns espécimes tenham escapado de um aquário na Flórida em 1992, durante a passagem do furacão Andrew.

Estragos: por não ter predadores naturais, o peixe-leão está dizimando várias espécies nativas no Caribe. Suas espinhas produzem uma toxina capaz de matar outros animais e provocar dor intensa em humanos. Acredita-se que sua chegada ao litoral brasileiro seja apenas uma questão de tempo.

   Coelho australiano 

 
                                                                  
O que é: híbrido do coelho europeu com o coelho doméstico da Austrália.

Invasão: em 1859, o caçador Thomas Austin levou 24 coelhos europeus selvagens da Inglaterra para sua fazenda na Austrália. Cruzou-os com coelhos domésticos e manteve os bichos num curral. Mas vários exemplares fugiram e se multiplicaram pela ilha.

Estragos: superresistentes e comilões, os coelhos híbridos extinguem pastos inteiros na Austrália, gerando enormes perdas aos agricultores. O governo já tentou de tudo para exterminá-los. Hoje, somam aproximadamente 300 milhões.

 Fonte: Super interessante

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Uroplatus fimbriatus

A lagartixa gigante Folha-atados (Uroplatus fimbriatus) é endêmica de Madagascar e nas ilhas Nosy Mangabe Nosy e Bohara. Essas lagartixas vivem em florestas tropicais e atingem um comprimento total de 330mm. Têm hábitos noturnos e durante o dia, fixam-se em troncos de árvores, de cabeça para baixo. Quando perturbado levantará a cauda e a cabeça, abrirá sua boca e gritará.

 Etimologia

O nome genérico, Uroplatus, é uma latinização de duas palavras gregas: "Oura" (οὐρά) "cauda" significado e "platys" significado (πλατύς) "fino". Seu nome específico fimbriatus vem da palavra latina para "franjas", baseado na aparência exclusiva da lagartixa de pele franjada.

 
Ameaças

A destruição do habitat e do desmatamento em Madagascar é a principal ameaça para o futuro desse animal, bem como de coleta para o comércio de animais. O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) lista todas as espécies de Uroplatus no seu "Top 10 mais procurados lista de espécies" de animais ameaçados pelo comércio ilegal de animais silvestres, por serem capturados e vendidos em taxas alarmantes para o comércio de animais internacional ". É um animal protegido pela CITES Apêndice 2