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terça-feira, 30 de março de 2010

Gênero Poecilotheria.



Bom galera, enfim voltei! Depois de um bom tempo sem postar, finalmente tomei coragem para escrever algo e postar no BLOG.

Eu tava simplesmente afim de postar no BLOG, então fiquei pensando sobre o que poderia escrever, tava meio sem idéias quando me deparei com uma foto de P. subfusca que tava aqui no meu PC, aí pensei -"Porra, puta bicho lindo né!!!? Será que um dia arranjo uma? Ahhh... enquanto não junto dinheiro e culhões tb pq não é facil descolar uma dessas vou simplesmente escrever sobre o gênero e postar no AHB que já ta bem abandonadinho".

Bom, aqui vai uma testinho sobre POKIES, as informações são todas da net, algumas traduzidas de sites bem conhecidos como o BIRDSPIDERS, enfim é coisa que tá bem acessível.

Vai lá! Abraços e bjux!



O gênero Poecilotheria contém algumas das aranhas mais bonitas, curiosas e coloridas do Hobby. Tratam-se de caranguejeiras arborícolas e de grandes dimensões, algumas espécies como P.fasciata e P. rufilata podem alcançar 20 cm, já P. ornata pode alcançar os estrondosos 23 cm de legspan. Espécies como P. metallica possuem coloração extravagante e atrativa.

Em geral são aranhas que habitam regiões quentes, no entanto algumas espécies de grandes altitudes (P. subfusca"highland") suportam baixas temperaturas.

Extraído de: http://www.the-t-store.co.uk/forum/index.php?showtopic=11151

P. subfusca "Highland".

Extraído de: http://www.atshq.org/forum/showthread.php?t=17762

O Gênero compreende 16 espécies distribuidas na região central e sul do Siri Lanka e na Índia. Devido aos desmatamentos e baixa capacidade de adaptação a fatores antrópicos as Poecilotherias encontram-se em provável decréscimo populacional.

Habitate de P. regalis e P. striata


The Hanumavilasum
Tiger Spider Sanctuary
by Andrew M Smith (Chairman)


The Hanumavilasum
Tiger Spider Sanctuary
by Andrew M Smith (Chairman)


A maioria das Poecilotherias (POKIES) possuem manchas e listras negras espalhadas pelo corpo. Algumas espécies possuem coloração de advertência amarelada na parte inferior dos primeiros pares de apêndices.


Embora, não sejam consideradas aranhas muito perigosas nunca devem ser manuseadas, já que tratam-se de caranguejeiras agressivas, rápidas e com veneno ativo. P. formosa por exemplo possue veneno potente, sendo considerada a mais peçonhenta das Poecilotherias. Devido a esses fatores as POKIES não são recomendadas para iniciantes.

P. regalis. Extraído de: http://www.arachnoboards.com


Em relação ao temperamento algumas espécies como P fasciata e P. ornata são consideradas as representantes mais agressivas do gênero quando mantidas em cativeiro, portanto indicadas para criadores experientes.

P. regalis e P. Miranda são mais indicadas para criadores com grau intermediário de experiência, já que preferem entocar-se ao invés de atacar quando molestadas, lembrando que se encurraladas todas as espécies de POKIES podem se tornar agressivas.

P. metallica. Extraído de: http://www.arachnoboards.com


No manejo deve-se atentar as fugas e saltos da borda do terrário, faça a limpeza do recinto sempre com auxilio de pinça e com um pote de plástico ao lado para o caso de uma fuga indesejada.

A reprodução em cativeiro é simples, os machos podem ser mantidos no mesmo terrario que as fêmeas por dias (se estas estiverem bem alimentadas), em média as ootecas são pequenas, gerando aproximadamente 100 a 150 lings. Apresentam dimorfismo sexual, sendo que os machos na maioria das vezes possuem coloração mais apagada que as fêmeas.

Algumas espécies demonstram comportamento social em vida livre, vivendo bem próximas umas das outras e muitas vezes até mesmo dividindo tocas (P. fasciata) ou em grupos com indivíduos de varias idades (P. subfusca). Algumas espécies podem ser mantidas juntas apenas na juventude (P. regalis), tendo que ser separadas quando atingem a fase adulta. Em cativeiro quando mantidas juntas as chances de canibalismo são altas.

P. formosa.


Foto extraída de: www.flickr.com

O tempo de vida varia de 8 a 12 anos em cativeiro e de 7 anos na natureza. A maturação sexual em vida livre é precoce, varia de acordo com o sexo, os machos costumam maturar entre 12 a 15 meses e as fêmeas 14 a 18 meses.



[chel.jpg]por Theraphosidae

quinta-feira, 18 de março de 2010

Aranhas sob comando

Duas novas espécies de vespas que parasitam aranhas são registradas na região Sudeste do Brasil. Os insetos liberam substâncias que paralisam a hospedeira e fazem com que ela construa sua teia de forma a protegê-los.

Por: Raquel Oliveira


Uma vespa da espécie ‘Hymenoepimecis veranii’ pousa na teia de uma aranha e aguarda a saída do aracnídeo de seu abrigo para atacá-lo, imobilizá-lo e depositar um ovo em seu abdome (foto: Jober F. Sobczak).

O comportamento de duas novas espécies de vespas parasitas foi registrado por pesquisadores brasileiros. Os cientistas descreveram a relação que esses animais mantêm com suas hospedeiras, as aranhas, em artigo publicado recentemente no Journal of Natural History. Segundo eles, o mecanismo de dominação usado pelas vespas sugere uma ‘parceria’ aperfeiçoada ao longo de um período evolutivo extenso.

As vespas observadas pertencem às espécies Hymenoepimecis japi e Hymenoepimecis sooretama. Elas foram vistas parasitando, respectivamente, as aranhas das espécies Leucage roseosignata e Manogea porracea. Outras relações de parasitismo entre vespas e aranhas já foram verificadas anteriormente. O estudo foi feito na Reserva Florestal da Companhia Vale, em Sooretama (Espírito Santo), e na Reserva Ecológica da Serra do Japi, em Jundiaí (São Paulo).

O mecanismo de dominação usado pelas vespas sugere uma ‘parceria’ aperfeiçoada ao longo de um período evolutivo extenso

Segundo um dos autores do artigo, o biólogo Jober Fernando Sobczak, da Universidade Federal de São Carlos e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Hymenoptera Parasitoides da Região Sudeste Brasileira, as vespas analisadas atacam apenas um tipo de aranha. “Acredito que seja um processo bastante específico”, defende em entrevista à CH On-line.

Larva da vespa 'Hymenoepimecis veranii' no abdome de uma aranha (foto: Jober F. Sobczak).

A serviço das vespas

A partir de então, a aranha torna-se uma espécie de escrava da vespa e trabalha para o bem-estar dela. A teia é construída de forma diferente: em vez de uma espiral plana com múltiplos fios em sentidos diferentes, a estrutura passa a ser uma espécie de envoltório, com fios concentrados e poucos eixos definidos.

A ideia é que o novo desenho da teia proteja e sustente melhor o casulo da vespa. “Na teoria, ela é mais resistente que a original, pois reúne vários fios em um só”, explica Sobczak. “A teia modificada resiste bem ao peso do casulo e à chuva”, diz. Terminada a construção, a aranha, que já parara de se alimentar dois dias antes, morre e serve de alimento para a larva, que então constrói seu casulo. Depois, a vespa adulta eclode e abandona o casulo.
Uma interação semelhante entre a vespa Hymenoepimecis veranii e a aranha Araneus omnicolor já havia sido descrita pelos pesquisadores em artigo publicado em 2007 na revista Naturwissenschaften. Nessa relação, a teia construída pelas aranhas parasitadas também se torna muito diferente da produzida pelas não parasitadas.

À esquerda, teia normal feita por uma aranha da espécie 'Araneus omnicolor'. À direita, após construir a teia modificada que irá proteger o casulo da vespa, o aracnídeo parasitado é consumido pela larva dentro da folha usada como abrigo (fotos: Marcelo de Oliveira Gonzaga e Jober F. Sobczak).
Parasitismo refinado

As etapas da relação entre o hospedeiro e a vespa parasita são bastante precisas. A quantidade das substâncias químicas injetadas na aranha para imobilizá-la e alterar seu padrão de construção da teia parece ser cuidadosamente medida. “Por isso, acredito que esses animais passaram por um processo de coevolução bastante requintado”, justifica Sobczak.

O parasitismo pode ocorrer tanto em aranhas fêmeas quanto em machos. Mas, como os machos têm pouca biomassa – o que significa menos alimento para a larva – e seu ciclo de vida é mais curto, eles não são atacados com tanta frequência. As vespas estudadas preferem as fêmeas de tamanho intermediário, mais facilmente dominadas do que as grandes.

A quantidade das substâncias químicas injetadas na aranha parece ser cuidadosamente medida

Sobczak acrescenta que ainda é necessário mais pesquisa sobre os padrões de parasitismo em outras espécies de vespa do gênero Hymenoepimecis. Os pesquisadores querem comparar as características das teias de outros hospedeiros e saber se a mudança no desenho delas é um padrão difundido dentro do grupo. “Pretendemos também investigar quais são as substâncias presentes no veneno usado pela vespa para imobilizar a aranha e as substâncias injetadas pela larva para modificar o comportamento de construção da teia”, completa.

Raquel Oliveira

fonte: Ciência Hoje On-line




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