terça-feira, 29 de setembro de 2009
Distribuição das espécies partenogenicas.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Tityus stigmurus Thorell, 1876
Foi originalmente descrito para o estado de Pernambuco, podendo ser considerada como espécie quase endêmica da região Nordeste (Existem registros de ocorrência ao norte de Minas Gerais). É registrado nos Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, (K. Brazil et.al,2009).
No Nordeste Tityus stigmurus é sempre referido como o principal agente etiológico. No Recife foram registrados acidentes com crianças picadas por T.stigmurus, incluindo um óbito.
Bothriurus araguayae, Vellard, 1934
Os escorpiões da família Bothriuridae Simon, 1880 sempre foram considerados escorpiões de difícil e complexa taxonomia, principalmente os pertencentes ao gênero Bothriurus. Este gênero foi descrito em 1861 contendo seis espécies validas até o final do século 19 (Lourenço & Monod, 2000), porem, desde então muitas espécies foram retiradas desse gênero e muitas outras incluídas.
Atualmente a taxônomia da familia Buthriuridae segundo Lourenço (2001) é a seguinte:
12 genera: Bothriurus Peters, 1861; Brachistosternus Pocock, 1893; Brazilobothriurus Lourenço & Monod, 2000;Centromachetes Lönnberg, 1897; Cercophonius Peters, 1861; Orobothriurus Maury, 1975; Phoniocercus Pocock, 1893;Tehuankea Cekalovic, 1973; Thestylus Simon, 1880; Timogenes Simon, 1880; Urophonius Pocock, 1893; and VachoniaAbalos, 1954. Geographical distribution: South America, Australia, and India (Himalayas).
As espécies do Gênero Bothriurus são comuns no hobby, provavelmente por se tratarem de escorpiões bonitos e com baixa toxidade na peçonha. Mas o hobbysta que se interessa pelo gênero deve estar ciente de que pode comprar “gato por lebre".
Ocorrem constantes erros de identificação das espécies pelos hobbystas, já que muitas das espécies só podem ser identificadas por taxonomistas experientes e não por "olhometro" como constantemente acontece.
Assim a maioria dos B. asper, B.bonariensis e B. araguayae que os “vendedores” estão "passando" na verdade não são os animais sugeridos! Para ter uma idéia essa é a lista dos escorpiões da família Bothriuridae em São Paulo segundo a pesquisadora DENISE MARIA CANDIDO.
" Na família Bothriuridae, temos dois gêneros, que são Bothriurus, com representantes de 5 espécies (B. araguayae, B. signatus, B. bonariensis, B. rubescens e B. moojeni),
e Thestylus, com representantes de uma única espécie, Thestylus glasioui."
Bothriurus araguayae, Vellard, 1934
A espécie Bothriurus araguayae é comumente encontrada em cativeiro, sendo que B. bonariensis também é bem comum entre os criadores. Atinge aproximadamente 4 cm de comprimento e possui coloração negra avermelhada, sendo que diferente dos escorpiões do gênero Tityus apresentam o exoesqueleto reluzente.
MANEJO.
Embora B. araguayae seja um escorpião com baixa toxidade de peçonha mostra-se mais agressivo que os representantes do gênero Tityus, quando molestados picam a pinça sem parar. Permanecem enterrados no terrário durante a maior parte do tempo, portanto, o terrário deve conter um substrato de no minimo 5 cm, com troncos, pedras e diversos outros abrigos. Um terrário de 30cm é mais que o sufuciente para criar um individuo. A altura do terrário pouco importa.
A umidade deve ser alta, em torno de 75%, (uma borrifada de água por dia).
Assim como todos os escorpiões B. araguayae conseguem subjugar presas bem maiores. Alimentam-se bem e com freqüência. O canibalismo é comum na espécie, portanto devem ser criados separados para minimizar perdas. Tratam-se de escorpiões lindos e ótimos para iniciantes no hobby, aquisição mais que bem vinda para uma coleção.
domingo, 27 de setembro de 2009
Domingãoooo, folga e sussego!
"Um exercício da curiosidade humana na tentativa de compreensão da sua própria natureza animal."
Aí nessa pequena frase encontrei a melhor explicação sobre o meu passatempo infantil, porem essa é uma definição muito mais profunda, diz respeito a um ramo da ecologia. O estudo do comportamento animal.
E o que eu, quando criança, estava fazendo senão ciência? Nessa única frase escrita pelo professor Kleber Del Claro em seu livro “Uma introdução à ecologia comportamental (2002)”, resume-se toda a curiosidade enraizada na essência da natureza humana.
A ciência do estudo comportamental é o que fazemos diariamente ao observamos nossos pets. A unica exigência é paciência e curiosidade. Tendo essas características é necessário apenas o mínimo de conhecimento em relação à espécie examinada, evitando associar falsas interpretações a um comportamento, para isso este devemos estar munidos de um belo respaldo bibliográfico.
O estudo do comportamento animal talvez seja uma das ciências mais antigas, o próprio professor Del Claro enfatiza este fato associando as pinturas realizadas pelos hominídeos ancestrais a observações do ambiente onde habitavam, fato esse que propiciou a domesticação de diversas espécies.
É obrigação do criador que este estude o máximo possível seu animal, a curiosidade nos amadurece como hobbystas, estudar nossos pets nos torna mais aptos para criarmos esses seres como respeito e responsabilidade! A partir do momento que entendemos toda complexidade dos nossos "mascotes" passamos a respeita-los cada vez mais!
por Theraphosidae
sábado, 19 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
SÂO PAULO BLACK TARANTULA, Acanthoscurria gomesiana.
domingo, 13 de setembro de 2009
Família AHB!!!
sábado, 12 de setembro de 2009
Distribuição da Família Theraphosidae no mundo.
Dentre os invertebrados destaca-se a Ordem Araneae, com 40.998 espécies descritas, distribuídas em 109 famílias e 3.747 gêneros (Platnick, 2009), embora estimativas demonstrem que o numero de espécies existentes seja muito superior (Foelix, 1996).
A Ordem Araneae é usualmente dividida em três subordens; Mygalomorphae, atualmente referida como Orthognatha por causa do alinhamento paralelo das quelíceras; Araneomorphae correspondendo a Labidognatha com as quelíceras em alinhamento vertical em relação ao eixo corpóreo e Mesothelae representando as aranhas mais “antigas” filogeneticamente, apresentando abdômen com segmentação visível e outras características primitivas (Foelix, 1996).
A subordem Mygalomorphae compreende as Tarântulas, assim chamadas no exterior ou as famosas caranguejeiras como são conhecidas no Brasil. Tratam-se de aranhas grandes, com tamanho do corpo entre 80-90 mm sem contar com os membros locomotores (Foelix, 1996).
Dentre todas as famílias da subordem Mygalomorphae, a família Theraphosidae é a mais numerosa, sendo representada por 112 gêneros e 908 espécies, sendo considerada como um grupo monofilético esta dividida em nove subfamílias. A subfamília Theraphosinae é restrita ao continente americano, sendo caracterizada por apresentar o bulbo com êmbolo distalmente largo e grosso, presença de quilhas, subtegulum largo que se estende até a metade do tegulum, presença de pêlos urticantes de tipo I, III e IV (Raven, 1985, Pérez-Miles et al. 1996), e presença de tricobótrios engrossados na tíbia e tricobótrios clavados tarsais dispostos em fileira (Guadanucci, 2007).
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Links legais!
Disposição ocular de araneomorphae.
http://users.skynet.be/spinnen/SpinOogProject.htm
Chave de identificação para famílias de mygalomorphas.
http://rs477.rapidshare.com/files/146921837/Mygalomorphae.pdf
domingo, 6 de setembro de 2009
Espermateca
http://aracnohobbybrasil.blogspot.com/2009/08/espermateca.html
Espero que essa postagem contribua de alguma forma.
Avicularia (Gênero)
Avicularia versicolor
Avicularia avicularia
Avicularia aurantiaca
Momento conhecimento 3
sábado, 5 de setembro de 2009
Segundo um estudo da universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, as mulheres têm medo de aranhas desde os primeiros meses de vida. O motivo seria o instinto de preservar os filhos
Um grupo de psicólogos da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, chegou à conclusão de que, ao contrário dos homens, as mulheres têm medo de aranhas antes mesmo de completar seu primeiro aniversário. O estudo analisou as reações de bebês de 11 meses a imagens de animais perigosos.
Embora tanto os meninos quanto as meninas tenham associado cobras e aranhas a imagens de pessoas tristes ou amedrontadas, apenas os bebês do sexo feminino tiveram reações de medo. Reações semelhantes já haviam sido observadas em testes com crianças de cinco anos.
Segundo os pesquisadores, o motivo para essa diferença entre os gêneros teria origem na pré-história, quando as mulheres cuidavam dos filhos enquanto os homens saíam para caçar. A fobia das mães ajudaria a manter as crianças longe de situações perigosas. Já os pais, devido à necessidade de se arriscar para conseguir comida, não poderiam ter medo desses animais. Com o tempo, homens e mulheres com essas características teriam mais sucesso na conservação da espécie, perpetuando as diferenças de comportamento.
Todo ser é capaz de mudar a sua realidade através da tentativa, isso irá impulssionar outras evoluções, novos descobrimentos.
Família Ctenidae.
Bom ontem lá no trabalho resolvi sair para bater umas fotos de aves (outro hobby que adoro, mas pássaros para mim só solto mesmo, sou extremamente contra cria-los) , nesse role de tirar fotos acabei me embrenhando em algumas trilhas da reserva e como não perco a mania de mexer em troncos acabei achando um lindo exemplar de Ctenus ornatus.
Bixo lindo, fiquei tentado e acabei coletando (coisa feia), olhando ela aqui em casa fiquei pensando como que essas aranhas ainda não se tornaram populares como pet! Provavelmente o unico motivo para isso não ter acontecido é pelo fato de sua agressividade. Sei que na gringa o pessoal adora as Phoneutrias mas aqui no Brasil só o pessoal que esta iniciando no hobby tem o hábito de criar Phoneutria e Lycosa (Hogna), o que é algo muito perigoso, já que as Phoneutrias são extremamente perigosas, e iniciantes não possuem pericia ou experiencia suficiente para cria-las sem maiores perigos, é justamente o contrario que acontece no exterior, apenas os criadores mais experientes criam as armadeiras.
Aqui no Brasil quando os hobbystas começam a criar mygalos desencanam totalmente das araneos, pensando bem isso é uma puta bobagem por que existem araneos tão lindas e interessantes quanto as mygalos (minha opinião).
Na familia ctenidae existem diversas aranhas com potêncial para se tornar um ótimo pet, como as proprias Phoneutrias (extremamente perigosas), Enoploctenus, as Ctenus, e as Ancylometes. Mas como ja disse antes se o hobbysta resolver se aventurar nessa categoria tem que ter alguns cuidados a mais, já que os ctenideos são geralmente bem agressivos.
A família Ctenidae é extremamente rica em espécies, no entanto apenas alguns gêneros foram estudados mais a fundo, como o caso do gênero Phoneutria, mas mesmo nesse gênero apenas estudos relacionados a toxinas foram realizados, estudos sobre ecologia e comportamento são bem escassos. No Brasil existem 5 sp do gênero Phoneutria sendo estas:
Phoneutria bahiensis: Endêmica do estado da Bahia
"Sua restrita distribuição, associado ao baixo número de exemplares registrados viabilizou sua inclusão na nova lista das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção (Ministério do Meio Ambiente 2003). Apesar de endêmica sua ocorrência limitava-se a apenas dois registros, um para a cidade de Ilhéus e outro para a cidade de Salvador."(DIAS et al 2005).
Phoneutria fera: AM
Phoneutria reiydi: AM, AP, PA,RR
Phoneutria Keyserlingi: ES, MG, RJ, SP, PR, SC, RS
Phoneutria Nigriventer: GO, ES, MG, RJ, SP, PR, SC, RS, MS
extraído:
http://iah.iec.pa.gov.br/iah/fulltext/p
O gênero Ctenus é formado por aranhas errantes, geralmente associadas a áreas florestais, abundantes na America do sul e África, algumas especies tem predileçao por certos micro-habitats como por exemplo a serrapilheira, clareiras ou áreas brejosas (se quiserem ler sobre aranhas de áreas brejosas dêem uma olhadinha nesse trabalho, é bem interessante http://ibcperu.nuxit.net/doc/isis/7219.pdf).
A lista de espécies do gênero Ctenus é enorme, e bem confusa, já que existe uma reformulação em relação a recolocação de algumas espécies em alguns gêneros.
Aqui vai um link para um paper bem interessante sobre C. medius. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-69842002000500007
São em geral aranhas com ciclo de reprodução bem rápido, nesse paper uma tabela foi montada com o tempo de oviposição a eclosão da ooteca, esse periodo foi apenas de 35 dias.
Enfim, as aranhas da familia Ctenidae são bonitas, fáceis de criar, e bem faceis de reproduzir, caçadoras vorazes, inquietas e com comportamento bem interessante, portanto podem se tornar ótimos pets!