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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Distribuição das espécies partenogenicas.

Já vi muita discussão nas comunidades sobre as espécies partenogenicas, pronto o Lourenço resolveu uhahuauhauhauhuhahuahuauha! Ta ae! espero que gostem! Abraços!

Extraído de W. R. Lourenço PARTHENOGENESIS IN SCORPIONS: SOME HISTORY – NEW DATA. J. Venom. Anim.Toxins incl. Trop. Dis., 2008, 14, 1, p. 34


[chel.jpg]por Theraphosidae

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tityus stigmurus Thorell, 1876



Tityus C. L. Koch, 1836, é o maior gênero em número de espécies descritas dentro da ordem Scorpiones. Sua distribuição geográfica é ampla na América do Sul. No Brasil é o gênero mais rico estando representado por 35 espécies Lourenço (2002).

Tityus stigmurus

Tityus stigmurus mede aproximadamente 7 cm, alguns autores sugerem que T. Stigmurus e T. serrulatus sejam a mesma sp, sendo que T. serrulatus trate-se de uma população partenogenica que acabou se sobrepondo a população sexuada, outros autores acreditam que se tratem de espécies distintas (Pessôa 1935; Mello-Leitão 1939; Eickstedt 1983).

Sua coloração varia do amarelo ao marrom avermelhado, possui no prossoma um triângulo negro e a presença de três faixas longitudinais sobre os tergitos, estas estendem-se até o segundo ou terceiro tergito, o telson é castanho-claro com a porção final do acúleo avermelhada.

Foi originalmente descrito para o estado de Pernambuco, podendo ser considerada como espécie quase endêmica da região Nordeste (Existem registros de ocorrência ao norte de Minas Gerais). É registrado nos Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, (K. Brazil et.al,2009).

Lourenço & Cloudsley-Thompson (1996) e Lourenço et al. (1996) sugerem que as populações sexuais e partenogênicas do complexo Tityus stigmurus /Tityus serrulatus correspondam respectivamente a populações da escala norte de T. stigmuros e da escala sul de T. serrulatus. Porem segundo Lourenço, os indivíduos sexuais de T. stigmuros, ocorrem em uma região imperturbada no estado de Pernambuco, visto que as populações partenogenéticas são encontrados entre as comunidades humanas ao longo das regiões litorais da sua escala do norte.

A proposta mais atual para a taxonomia do gênero Tityus é a de Lourenço (2002), onde propuseram a divisão em grupos de espécies, propondo três grupos: Tityus clathratus, Tityus bahiensis e Tityus asthenes.
Portanto atualmente a taxonomia do gênero Tityus é bem controversa, assim os escorpiões vendidos como Tityus stigmurus possivelmente podem tratar-se de outras morfologias como; T. Trivitattus, T.unifasciata, T. confluenciata.

Manejo.

A espécie é comumente criada em cativeiro, no entanto deve-se tomar muito cuidado no manejo, já que se trata de uma das três espécies com maior causa de evolução sintomática em acidentes.

No Nordeste
Tityus stigmurus é sempre referido como o principal agente etiológico. No Recife foram registrados acidentes com crianças picadas por T.stigmurus, incluindo um óbito.

O terrário deve conter pedras e troncos como abrigos, o substrato não precisa ser profundo, já que a espécie não costuma se enterrar. A umidade deve permanecer em torno dos 70%. A alimentação é a base de artropodes em geral. São bem ativos, sobretudo durante a noite.

Reprodução: sexuada ou partenogenica.

[chel.jpg]por Theraphosidae

Bothriurus araguayae, Vellard, 1934




Os escorpiões da família Bothriuridae Simon, 1880 sempre foram considerados escorpiões de difícil e complexa taxonomia, principalmente os pertencentes ao gênero Bothriurus. Este gênero foi descrito em 1861 contendo seis espécies validas até o final do século 19 (Lourenço & Monod, 2000), porem, desde então muitas espécies foram retiradas desse gênero e muitas outras incluídas.

Atualmente a taxônomia da familia Buthriuridae segundo Lourenço (2001) é a seguinte:

12 genera: Bothriurus Peters, 1861; Brachistosternus Pocock, 1893; Brazilobothriurus Lourenço & Monod, 2000;Centromachetes Lönnberg, 1897; Cercophonius Peters, 1861; Orobothriurus Maury, 1975; Phoniocercus Pocock, 1893;Tehuankea Cekalovic, 1973; Thestylus Simon, 1880; Timogenes Simon, 1880; Urophonius Pocock, 1893; and VachoniaAbalos, 1954. Geographical distribution: South America, Australia, and India (Himalayas).

As espécies do Gênero Bothriurus são comuns no hobby, provavelmente por se tratarem de escorpiões bonitos e com baixa toxidade na peçonha. Mas o hobbysta que se interessa pelo gênero deve estar ciente de que pode comprar “gato por lebre".
Ocorrem constantes erros de identificação das espécies pelos hobbystas, já que muitas das espécies só podem ser identificadas por taxonomistas experientes e não por "olhometro" como constantemente acontece.

Assim a maioria dos B. asper, B.bonariensis e B. araguayae que os “vendedores” estão "passando" na verdade não são os animais sugeridos! Para ter uma idéia essa é a lista dos escorpiões da família Bothriuridae em São Paulo segundo a pesquisadora DENISE MARIA CANDIDO.

" Na família Bothriuridae, temos dois gêneros, que são Bothriurus, com representantes de 5 espécies (B. araguayae, B. signatus, B. bonariensis, B. rubescens e B. moojeni),
e Thestylus, com representantes de uma única espécie, Thestylus glasioui."


Bothriurus araguayae, Vellard, 1934

A espécie Bothriurus araguayae é comumente encontrada em cativeiro, sendo que B. bonariensis também é bem comum entre os criadores. Atinge aproximadamente 4 cm de comprimento e possui coloração negra avermelhada, sendo que diferente dos escorpiões do gênero Tityus apresentam o exoesqueleto reluzente.

MANEJO.

Embora B. araguayae seja um escorpião com baixa toxidade de peçonha mostra-se mais agressivo que os representantes do gênero Tityus, quando molestados picam a pinça sem parar. Permanecem enterrados no terrário durante a maior parte do tempo, portanto, o terrário deve conter um substrato de no minimo 5 cm, com troncos, pedras e diversos outros abrigos. Um terrário de 30cm é mais que o sufuciente para criar um individuo. A altura do terrário pouco importa.

A umidade deve ser alta, em torno de 75%, (uma borrifada de água por dia).
Assim como todos os escorpiões B. araguayae conseguem subjugar presas bem maiores. Alimentam-se bem e com freqüência. O canibalismo é comum na espécie, portanto devem ser criados separados para minimizar perdas. Tratam-se de escorpiões lindos e ótimos para iniciantes no hobby, aquisição mais que bem vinda para uma coleção.

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domingo, 27 de setembro de 2009

Domingãoooo, folga e sussego!

Fala galera blz! bom faz tempinho que não posto no Blog! To na correria geral mas sempre de olho aqui e nas comus!

Hj tirei uma folguinha para relaxar, dormi ate tarde e assisti o jogo do tricolor! E que vexame o André Dias e o Bosco deram! Mas ainda tamo no G4 e jaja se deus quiser vamos estar em 1º.

Bom hj aconteceu algo bem engraçado aqui em casa, minha mãe recebeu visitas, ai ela entrou no meu quarto para me apresentar a elas! imagina a cena né, ao verem meus pets a primeira reação de uma delas foi gritar e sair correndo do quarto! rsrsrsrss!!! Depois dos ânimos acirrados me perguntaram por que crio esses bixos, ai parei para pensar!

Por que criamos seres que representam à grande maioria das pessoas sensações como medo e repugnância? O que encorajou e dispertou a nossa mania de criar aranhas, escorpiões e diversos outras criaturas que, desde de sempre foram tidos pela cultura ocidental como sinônimo de morte e mal agouro?!

Bom acho que as respostas podem ser as mais variadas possíveis, mas vou responder tirando por base minha experiência pessoal! O que me levou a ter como passa tempo um hobby tão excêntrico e marginalizado (No Brasil).

Acredito que a primeira vez que eu tenha colocado um artrópode dentro de um pote foi por volta dos meus 7 anos, e acho que o motivo principal disso tenha sido pura e simplismente a CURIOSIDADE!

Era fascinante para mim observar uma forma de vida tão pequena e ao mesmo tempo tão complexa, descobrir as formas extraterrenas que aquelas pequenas criaturas exibiam era o máximo! Refletindo atualmente sobre esse gosto estranho que eu tinha quando criança li uma frase que resumiu tudo!

"Um exercício da curiosidade humana na tentativa de compreensão da sua própria natureza animal."

Aí nessa pequena frase encontrei a melhor explicação sobre o meu passatempo infantil, porem essa é uma definição muito mais profunda, diz respeito a um ramo da ecologia. O estudo do comportamento animal.

E o que eu, quando criança, estava fazendo senão ciência? Nessa única frase escrita pelo professor Kleber Del Claro em seu livro “Uma introdução à ecologia comportamental (2002)”, resume-se toda a curiosidade enraizada na essência da natureza humana.

A ciência do estudo comportamental é o que fazemos diariamente ao observamos nossos pets. A unica exigência é paciência e curiosidade. Tendo essas características é necessário apenas o mínimo de conhecimento em relação à espécie examinada, evitando associar falsas interpretações a um comportamento, para isso este devemos estar munidos de um belo respaldo bibliográfico.

O estudo do comportamento animal talvez seja uma das ciências mais antigas, o próprio professor Del Claro enfatiza este fato associando as pinturas realizadas pelos hominídeos ancestrais a observações do ambiente onde habitavam, fato esse que propiciou a domesticação de diversas espécies.

É obrigação do criador que este estude o máximo possível seu animal, a curiosidade nos amadurece como hobbystas, estudar nossos pets nos torna mais aptos para criarmos esses seres como respeito e responsabilidade! A partir do momento que entendemos toda complexidade dos nossos "mascotes" passamos a respeita-los cada vez mais!


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sábado, 19 de setembro de 2009

ooteca Acanthoscurria Gomesiana






fala galera... pegando o embalo das gomesianas... a surpresinha q eu tiveqdo cheguei em casa...



interessante q ela cobre a ooteca com cerdas urticantes pra defende-la no caso de predadores



segunda-feira, 14 de setembro de 2009

SÂO PAULO BLACK TARANTULA, Acanthoscurria gomesiana.








Fala rapaziada blz! Como vcs devem ter visto na postagem anterior, sabadão recebi a visita dos Brothers Alan e Vini, trocamos várias idéias, infelismente o Alan teve que ir embora cedo, mas o Vini fico aqui em casa ate de tarde! O dia foi bem massa, e ainda ganhei um presentão, um belo exemplar de A. gomesiana. Fiquei muito feliz com o presente, pois essa foi a primeira sp de mygalo que possui, sendo que uma fêmea permaneceu comigo por 8 anos.
Vou escrever uma pequena descrição da sp, com base no que li em artigos e no meu conhecimento pessoal sobre a sp.


ACANTHOSCURRIA GOMESIANA.
( sinonimias = Acanthoscurria pheopygus, Phormictopus pheopygus, Mello Leitão 1923).

A. gomesiana é uma aranha pertencente a Família Theraphosidae, subfamília Theraphosinae, encontrada no estado de São Paulo, geralmente distribuida na grande SP e no centro oeste, oeste e noroeste do estado de São Paulo, existindo ainda relatos de uma variação da sp presente no Cerrado, podendo talvez se tratar de uma raça geografica desta espécie ou outra espécie semelhante. Trata-se de uma aranha muito estudada devido a um peptideo chamado de gomesina presente em sua hemolinfa, mas embora seja uma das aranhas mais estudadas no Brasil por causa das aplicações médicas pouco se conhece a cerca de seu comportamento.

Existem poucos artigos que relatam o comportamento ou reprodução da sp, sendo o trabalho mais conhecido intitulado Comportamento de corte em Vitalius sorocabae e Acanthosurria gomesiana (Araneae , Theraphosidae) Bertani. R et al.

Trata-se de uma sp linda, embora seja pouco comum entre os criadores.
Possui a cor de tom negro fosco, as vezes apresentando-se no padrão cinza anegrado ou marrom anegrado, variando de exemplar ou proximidade com a época de ecdise, as articulações das patas as vezes se apresentam totalmente cinzas, pretas, ou pardas. As fêmeas atingem aproximadamente 13 cm quando adultas, de habitos fossoriais são ótimas cavadoras, sendo que em determinadas epócas se entoca, permanecendo dentro desses buracos por longos períodos. Os machos são pequenos, dificilmente ultrapaçando os 8 cm, (já observei machos maturados de apenas 6 cm).

Sempre que encontrei A. gomesiana na natureza foi em áreas úmidas, próximas a corpos d'água como corregos e beira de rios, seja em baixo de pedras ou troncos. A partir dessas observações presumi que a umidade preferida pela sp deve ser alta, assim a porcentagem que reproduzi em cativeiro com meus exemplares foi de 70% a 80% . Obtive ótimos resultados, portanto uma borrifada no terrário todo dia é indispensavel para que sua A.gomesiana viva com saúde.

O terrário deve possuir um substrato profundo, de no minimo 15 cm de profundidade (pelo menos em um dos cantos do terrário). Um terrário de 40 x 20 x 20 é o bastante para uma fêmea adulta.
Trata-se de uma boa aranha para iniciantes, ótima aquisição para qualquer coleção.

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domingo, 13 de setembro de 2009

Família AHB!!!


Salve, Salve cambada! Sabadão recebi a visita de 2 grandes amigos hobbystas! Foi uma manhã bem massa colocamos o papo em dia e observamos a bixarada! Abração moçada!

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sábado, 12 de setembro de 2009

Distribuição da Família Theraphosidae no mundo.


Dentre os invertebrados destaca-se a Ordem Araneae, com 40.998 espécies descritas, distribuídas em 109 famílias e 3.747 gêneros (Platnick, 2009), embora estimativas demonstrem que o numero de espécies existentes seja muito superior (Foelix, 1996).
A Ordem Araneae é usualmente dividida em três subordens; Mygalomorphae, atualmente referida como Orthognatha por causa do alinhamento paralelo das quelíceras; Araneomorphae correspondendo a Labidognatha com as quelíceras em alinhamento vertical em relação ao eixo corpóreo e Mesothelae representando as aranhas mais “antigas” filogeneticamente, apresentando abdômen com segmentação visível e outras características primitivas (Foelix, 1996).
A subordem Mygalomorphae compreende as Tarântulas, assim chamadas no exterior ou as famosas caranguejeiras como são conhecidas no Brasil. Tratam-se de aranhas grandes, com tamanho do corpo entre 80-90 mm sem contar com os membros locomotores (Foelix, 1996).
Dentre todas as famílias da subordem Mygalomorphae, a família Theraphosidae é a mais numerosa, sendo representada por 112 gêneros e 908 espécies, sendo considerada como um grupo monofilético esta dividida em nove subfamílias. A subfamília Theraphosinae é restrita ao continente americano, sendo caracterizada por apresentar o bulbo com êmbolo distalmente largo e grosso, presença de quilhas, subtegulum largo que se estende até a metade do tegulum, presença de pêlos urticantes de tipo I, III e IV (Raven, 1985, Pérez-Miles et al. 1996), e presença de tricobótrios engrossados na tíbia e tricobótrios clavados tarsais dispostos em fileira (Guadanucci, 2007).

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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

domingo, 6 de setembro de 2009

Espermateca

Continuando a postagem anterior com representações de espermatecas que irão contribuir na sexagem de sua caranga.









link para postagem anterior referente a espermateca:
http://aracnohobbybrasil.blogspot.com/2009/08/espermateca.html

Espero que essa postagem contribua de alguma forma.

por #13
Compartilhar o conhecimento, é mais que aprender.

Avicularia (Gênero)


Avicularia versicolor


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Avicularia avicularia


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Avicularia aurantiaca


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Avicularia braunshauseni
Fotos da minha avic. rsrsrs!

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Bom galera, retirei esse texto sobre Avicularias do site www.giantspiders.com e traduzi na medida do possivel, acabei acrescentando algumas considerações tb, mais coisinha boba, quem quiser dar uma olhada no texto na versão original click no link http://giantspiders.com/Avicularia_species.html

Avicularia sp.

As espécies do gênero Avicularia são as referencias das primeiras aranhas arborículas descritas. Não se tratam de animais agressivos, no entanto as vezes podem demonstrar-se um tanto quanto "nervosas" (quando correm ou saltam das nossas mãos por exemplo, para evitar isso manuseie o minimo possivel).

Existem diversas espécies disponiveis no hobby, mas em geral o cuidado de todas é realizado de maneira bem similar, todas se reproduzem de maneira razoavelmente fácil no cativeiro, e o macho pode permanecer durante varios dias no mesmo recinto que a fêmea para garantir o sucesso da corte. O tempo de eclosão pode variar de acordo com varios fatores como a temperatura por exemplo, mas quando a eclosão ocorre o que é observado é que os spiderligs são o oposto da aparencia dos adultos, sendo que os slings possuem o corpo em geral de cor rosada e a garra dos tarsos negras e os adultos na maioria das espécies possuem o corpo escuro e as pontas dos tarsos rosadas, o crescimento é rápido, e podem alcançar um tamanho razoável dentro do período aproximado de 18 meses.

Observações de Avicularia sp demonstram que em seu ambiente natural (Peru foi o exemplo dado no texto original, mas ocorrem em diversos países das Ámericas do Sul e Central, inclusive varias spp no Brasil) as áreas com abundância de arvores de grande porte são os ambientes preferidos por fêmeas maduras, essas áreas de floresta umida são inundadas durante um período do ano, e essas inundações podem ter duração de até 8 meses (provavelmente o autor do texto está se referindo aos Igarapés amazonicos), durante esses períodos as fêmeas saem das tocas e se colocam em suas posições caracteristicas de expreita. No caso de um ataque em potencial as Avicularias tem a opção de poderem saltar na água, caso isso aconteça as aranhas podem nadar na supercie da lamina d'água com facilidade, isso graças ao ar que fica preso em meio as inumeras cerdas que cobrem seus corpos. As fêmeas estão ativas o ano todo, porem os machos tem maior atividade a partir do mês de outubro (nossa primavera).

Conhecidas em espanhol como Dedo rosados, e em inglês como pink toes, qualquer avicularia é uma aquisição bem vinda a uma coleção. Todas as spp possuem pelos urticantes no abdomen, porem esses pêlos não são transportados por via aérea, e são raramente usados. Um terrário arborícula ideal deve conter primeiramente altura, já que se trata de um gênero arborícula, dentro deve haver uma boa fonte de umidade, e casca de arvores apoiadas nos cantos do recinto, boa ventilação é essencial para Avicularias cativas.

Existe uma certa confusão sobre a identificação correta da maioria das espécies desse gênero, assim é recomendado um certo cuidado ao tentar reproduzir sua avicularia, deve se antes de mais nada certificar-se que o macho e a fêmea em questão são da mesma espécie. Como em todos o gêneros arborículas a expectativa de vida é mais curta do que em relação aos gêneros terrestres, vivendo geralmente em torno de 7 a 10 anos. Algumas espécies se bem alimentadas podem ser consideradas mais "sociaveis" e podem até ser tolerantes com outros individuos dentro do mesmo recinto.

[chel.jpg]por Theraphosidae

Momento conhecimento 3

Quer se informar mais, link para ótimos papers e artigos do Dr. Brescovit!


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sábado, 5 de setembro de 2009

Mulheres nascem com medo de aranhas
materia retirada do site: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI91662-15224,00.html

Segundo um estudo da universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, as mulheres têm medo de aranhas desde os primeiros meses de vida. O motivo seria o instinto de preservar os filhos

Um grupo de psicólogos da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, chegou à conclusão de que, ao contrário dos homens, as mulheres têm medo de aranhas antes mesmo de completar seu primeiro aniversário. O estudo analisou as reações de bebês de 11 meses a imagens de animais perigosos.

Embora tanto os meninos quanto as meninas tenham associado cobras e aranhas a imagens de pessoas tristes ou amedrontadas, apenas os bebês do sexo feminino tiveram reações de medo. Reações semelhantes já haviam sido observadas em testes com crianças de cinco anos.

Os resultados do experimento vão ao encontro de uma pesquisa realizada com crianças e adultos. De acordo com o estudo, a aracnofobia (medo de aranhas) atinge quatro mulheres para cada homem. Ao todo, 3,5% da população sofrem da fobia. Pesquisas sobre o medo de cobras tiveram resultados parecidos: a proporção entre mulheres e homens com a fobia é de 4 para 1.

Segundo os pesquisadores, o motivo para essa diferença entre os gêneros teria origem na pré-história, quando as mulheres cuidavam dos filhos enquanto os homens saíam para caçar. A fobia das mães ajudaria a manter as crianças longe de situações perigosas. Já os pais, devido à necessidade de se arriscar para conseguir comida, não poderiam ter medo desses animais. Com o tempo, homens e mulheres com essas características teriam mais sucesso na conservação da espécie, perpetuando as diferenças de comportamento.

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Hoje durante uma conversa com os amigos Lucas e Vi Gasbarro, reforcei e aumentei as bases para uma conclusão que já era clara, pelo menos pra mim. A evolução é constante e independente da raça ou espécie, ela é uma reação natural e impactante da ação coletiva sobre o todo.
Todo ser é capaz de mudar a sua realidade através da tentativa, isso irá impulssionar outras evoluções, novos descobrimentos.



por #13
Compartilhar o conhecimento, é mais que aprender.

Família Ctenidae.





E aí cambada blz! Ando meio sumido do AHB por causa da monográfia mas resolvi achar um tempinho hj para postar, também vá lá né, hj é sabadão dia de descanso! Jajá minha preta passa aqui em casa e agente vai tomar umas e assistir o jogo da seleção (pau no cú dos hermanos) !

Bom ontem lá no trabalho resolvi sair para bater umas fotos de aves (outro hobby que adoro, mas pássaros para mim só solto mesmo, sou extremamente contra cria-los) , nesse role de tirar fotos acabei me embrenhando em algumas trilhas da reserva e como não perco a mania de mexer em troncos acabei achando um lindo exemplar de Ctenus ornatus.

Bixo lindo, fiquei tentado e acabei coletando (coisa feia), olhando ela aqui em casa fiquei pensando como que essas aranhas ainda não se tornaram populares como pet! Provavelmente o unico motivo para isso não ter acontecido é pelo fato de sua agressividade. Sei que na gringa o pessoal adora as Phoneutrias mas aqui no Brasil só o pessoal que esta iniciando no hobby tem o hábito de criar Phoneutria e Lycosa (Hogna), o que é algo muito perigoso, já que as Phoneutrias são extremamente perigosas, e iniciantes não possuem pericia ou experiencia suficiente para cria-las sem maiores perigos, é justamente o contrario que acontece no exterior, apenas os criadores mais experientes criam as armadeiras.

Aqui no Brasil quando os hobbystas começam a criar mygalos desencanam totalmente das araneos, pensando bem isso é uma puta bobagem por que existem araneos tão lindas e interessantes quanto as mygalos (minha opinião).

Na familia ctenidae existem diversas aranhas com potêncial para se tornar um ótimo pet, como as proprias Phoneutrias (extremamente perigosas), Enoploctenus, as Ctenus, e as Ancylometes. Mas como ja disse antes se o hobbysta resolver se aventurar nessa categoria tem que ter alguns cuidados a mais, já que os ctenideos são geralmente bem agressivos.

A família Ctenidae é extremamente rica em espécies, no entanto apenas alguns gêneros foram estudados mais a fundo, como o caso do gênero Phoneutria, mas mesmo nesse gênero apenas estudos relacionados a toxinas foram realizados, estudos sobre ecologia e comportamento são bem escassos. No Brasil existem 5 sp do gênero Phoneutria sendo estas:

Phoneutria bahiensis: Endêmica do estado da Bahia
"Sua restrita distribuição, associado ao baixo número de exemplares registrados viabilizou sua inclusão na nova lista das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção (Ministério do Meio Ambiente 2003). Apesar de endêmica sua ocorrência limitava-se a apenas dois registros, um para a cidade de Ilhéus e outro para a cidade de Salvador."(DIAS et al 2005).

Phoneutria fera: AM

Phoneutria reiydi: AM, AP, PA,RR

Phoneutria Keyserlingi: ES, MG, RJ, SP, PR, SC, RS

Phoneutria Nigriventer: GO, ES, MG, RJ, SP, PR, SC, RS, MS

extraído:
http://iah.iec.pa.gov.br/iah/fulltext/pc/monografias/iec/leao/leao_cap52p785-798.pdf

O gênero Ctenus é formado por aranhas errantes, geralmente associadas a áreas florestais, abundantes na America do sul e África, algumas especies tem predileçao por certos micro-habitats como por exemplo a serrapilheira, clareiras ou áreas brejosas (se quiserem ler sobre aranhas de áreas brejosas dêem uma olhadinha nesse trabalho, é bem interessante http://ibcperu.nuxit.net/doc/isis/7219.pdf).
A lista de espécies do gênero Ctenus é enorme, e bem confusa, já que existe uma reformulação em relação a recolocação de algumas espécies em alguns gêneros.
Aqui vai um link para um paper bem interessante sobre C. medius. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-69842002000500007

São em geral aranhas com ciclo de reprodução bem rápido, nesse paper uma tabela foi montada com o tempo de oviposição a eclosão da ooteca, esse periodo foi apenas de 35 dias.

Enfim, as aranhas da familia Ctenidae são bonitas, fáceis de criar, e bem faceis de reproduzir, caçadoras vorazes, inquietas e com comportamento bem interessante, portanto podem se tornar ótimos pets!

No começo do post tem algumas fotinhos que tirei de ctenideos! A primeira e a ultima são de exemplares de C. ornatus, a segunda é uma P.nigriventer, e a terceira é uma C. coxalis.

[chel.jpg]por Theraphosidae