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domingo, 30 de agosto de 2009

Momento conhecimento 2



COMPLETANDO O QUE O BROTHER VI ESCREVEU SOBRE AS EPHEBOPUS, VOU POSTAR UM TEXTO MUITO INTERESSANTE QUE LI NO FORUM, FOI POSTADO PELO GAUCHO! COPIEI E COLEI! ACHEI MUITO BOM, E ACHO QUE COMPLETA O QUE O VI JÁ HAVIA DITO.

"por strubles em Qua Jan 16, 2008 4:06 pm Vou postar aqui o texto mais completo que encontrei, espero que seja útil a todos que possuem essa espécie! Ephebopus murinus - Texto de Thomas Boston – Traduzido do Dinamarquês para o Português por Luiza Bertolucci. Nós estamos numa úmida região pantanosa na Guiana Francesa. Acabou de chover torrencialmente, apesar de estarmos fora da estação das chuvas (que normalmente ocorre em Janeiro/Fevereiro). Bem, neste lugar a terra vermelha é coberta por grama e em alguns lugares têm pequenas elevações que são uma mistura de terra e resto de plantas, fixado com uma forte e grossa teia. No meio existe um buraco que continua num túnel vertical que desce meio metro dentro da terra. Essas tocas pertencem a uma espécie que se separa claramente da maioria das outras representantes da subfamília Aviculariinae, pois vivem na terra e são únicas tanto na morfologia como no comportamento. Descrição A Ephebopus murinus (Guiana Francesa) apresenta um cefalotórax marrom-claro/bege com longas pernas negras, que possuem marcas amarelas em alto contraste. Essas marcas e as fortes cores são o que formam a base do nome polular, inspirado no Helloween: O Esqueleto (Nome comum TOSCO, do jeito que os gringos gostam). O abdómen é marrom escuro e não apresenta pêlos urticantes, que são tão caracteristicos das especies de caranguejeiras da América do Sul. Com a sua formacao especial, a Ephebopus murinus parece mais uma aranha arborícola: as pernas da frente são extremamente longas e fortes com largos "tarsi, metatarsi e scopulae’’. O gênero Avicularia têm espécies que estão mais próximas geneticamente do Ephebopus, pertencendo ambos à subfamilia Aviculariinae. Em relação ao tamanho, é considerado médio-grande. A Ephebopus murinus está na mesma classe das menores Avicularia. As fêmeas têm um comprimento de corpo entre 5-6 cm e um comprimento total entre 12-14 cm. Os machos da espécie têm as listras características nas pernas, mas com o contraste preto/amaralo menos marcante. O motivo disso se deve a uma densa cobertura de pêlos amarronzados com cerca de 5 mm, que crescem em 90º em relação ao corpo. Nos machos, o cefalotórax têm uma mancha em forma de triângulo, lembrando o padrão observado nas Brachypelma emilia. O comprimento total dos machos fica entre16 e18 cm, tendo comprimento de corpo de 4 cm. Como nas outras caranguejeiras, é bem menos robusto que as fêmeas, apresentando o típico esporão encontrado atrás das tíbias do primeiro par de pernas. Os filhotes dessa espécie são pretos com pernas traseiras avermelhadas. As pernas dianteiras desenvolvem os padrões característicos rapidamente, sendo morfologicamente muito próximos das aranhas femeas adultas. Existem 4 espécies descritas no gênero Ephebopus, todas incríveis tanto na forma como na coloração: Ephebopus cyanognathus (West & Marshall, 2000), Guiana Francesa Ephebopus murinus (Walckenaer, 1837) Brasil, Guiana Francesa e Inglesa Ephebopus rufescens (West & Marshall, 2000), Guiana Francesa Ephebopus uatuman (Lucas, Silva & Bertani, 1991) Brasil, Reserva Ducke Existem boatos que Peter Klaas encontrou uma nova especie. Em alguns lugares se encontra o nome Ephebopus violaceus (Mello-Leitão, Brasil), mas essa especie foi incorporada ao gênero Avicularia (West e Marshall 2000). Habitat e Variações A Ephebopus murinus ocorre nas Guiana Francesa, Inglesa e em alguns locais no Brasil. Ainda não ouvi sobre Ephebopus no Suriname, país que separa o Brasil das duas Guianas, mas eu creio que elas existam lá também. Em várias espécies de aranhas existem variações, que claramente se adaptaram a diferentes habitats. Assim como Aphonopelma seemanni, existem no mínimo três formas de E. Murinus: 1- Uma menor e marron claro que vive em regiões mais secas. 2- Uma maior que vive em regiões tropicas de mata fechada. 3- Uma menor que existe no Brasil. Essa última apresenta a carapaça mais escura e umas marcas mais fortes nas pernas. Para aqueles que têm ou planejam ter uma Ephebopus, acho importante vocês saberem de onde sua aranha vêm. Creio que as diferentes variações possam cruzar entre si sem problemas, mas prefiro ter uma aranha que seja natural (sem ter sido resultado de cruzamento de variações). Isso é uma questão discutível, pois não sabemos ao certo como se comportam na natureza a esse respeito. Já vi fotos de E. Murinus existentes na Guiana Francesa, sendo elas aparentemente grandes. Elas têm a carapaça clara e as listras nas pernas nao são tão distintas, especialmente uma das duas encontradas nas tíbias nas pernas dianteiras. Apesar de eu ja ter visto fotos de aranhas da Guiana Francesa capturadas na natureza, acho que elas podem ser um cruzamento de 2 e 3 – e por que não? Creio que as variações citadas têm que ser interpretadas como pontos extremos em um espectro que acontece naturalmente. Sabemos da história do gênero Brachypelma, onde B. annitha se separa da B. smithi apenas por ter pêlos mais compridos nas pernas traseiras, sendo provalvemente uma variacao geográfica. Além disso, já tive 5 fêmeas de Haplopelma lividum, onde 3 tinham diferenças características. Também observei isso em algumas Avicularia, onde haviam variações de cores (em tres gerações) com diferenças de tamanho. Variação sempre existirá. É isso que faz a base da diversidade que a evolução criou. A conclusão disso tudo é que se deve cruzar apenas aranhas que venham da mesma região, mas não se deve negar que podem haver variações. Um mecanismo de defesa atípico. Ao contrário de aranhas como Brachypelma, Lasiodora, Cyclosternum e Avicularia, as do gênero Ephebopus não têm pêlos urticantes no abdómen. Nelas, esses pêlos se encontram na parte interna dos pedipalpos, o que faz desse gênero único. Para se defender, uma Ephebopus se vira frontalmente contra a ameaça e ataca com os pedipalpos e os dois primeiros pares de pernas. Assim, os pêlos são liberados juntamente com um possível ataque das quelíceras. Até pouco tempo, se tinha conhecimento de apenas 4 tipos de pêlos urticantes, separados morfologicamente. Mas em 1990 se encontrou uma quinta forma de pêlo, que até agora se encontra apenas no gênero Ephebopus. E falando sobre pêlos, é bom notar que aranhas não tem pêlo algum. Em terminologia cientifica, o "pelo" das aranhas se chama "setae" e pode ser considerado uma pequena extrutura prolongada do exoesqueleto. Não se pode falar de pêlo na forma classica como nos mamíferos, chamamos assim por simples comodismo. Decoração do terrário Não surpreendetemente, dá pra se manter as Ephebopus como a maioria das aranhas asiáticas que escavam (como as Haplopelma), com alto grau de umidade (cerca 80 %) e temperatura por volta de 26º/dia e 23º/noite. Tenho uma boa experiência com temperatura constante por volta de 24º. Geralmente, se aconselha pelo menos 10 cm de substrato para espécies jovens que escavam. Mas para adultas, tem que se ter pelo menos 15/20 cm. Já que eu nao tenho saco de ter 2 toneladas de terra nos meus terrários, optei por ajeitar o substrato de um modo que fique inclinado no fundo. Em algumas situações difícies, usei um pedaço de raiz ou tronco para segurar a terra. Lembre-se de usar terra sem agrotóxicos e esterilizada. Pode-se aquecer a terra num forno para eliminar formas de vida inconvenientes. Antes de introduzir a aranha, pressiono o substrato para que fique rígido onde não desejo que ela faça a toca. Assim, dá para fazer com que ela seja feita no local desejado. Depois de uns dias, haverá uma boa quantidade de substrato resultante da escavação da aranha. Após isso, tampo a toca para remover o excedente de substrato, somente por razões estéticas. A aranha é aparentemente indeferente a isso. Parece que as Ephebopus mantém uma mistura de teia e musgo seco na torre que é feita na entrada da toca (depois posto umas fotos), então pode-se fornecer isso a elas. Creio que há dois motivos que explicam a construção dessas torres, mas isso é apenas especulação da minha parte: 1- A torre protege contra chuvas fortes. 2- Aumenta a sensibilidade para poder cacar na proximidade da toca."


[chel.jpg]por Theraphosidae

2 comentários:

  1. Aee camarada, eu tenho uma aranha e acredito ser uma Ephebopus murinus. gostaria de enviar-lhe umas fotos dela. Ela ainda é muito nova. acredito ter no máximo 10 meses. abraços.

    e-mail para contato.
    aniefefalas@hotmail.com

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  2. manda no meu mail. Theraposidae1982@hotmail.com

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